O presente conto é extraído das “Parábolas e símbolos” colecionados por Mario Roso de Luna, na sua interessante obra “Por el reino encantado de Maya”. [Nota da Revista DHÂRANÂ 18-20 de Junho de 1927]

Dois famosos corredores disputavam um grande prêmio nas corridas públicas. O esforço que para vencer eles tinham que realizar, era grande e a distância enorme. Um deles, o que desde o começo havia tomado uma grande dianteira ao outro, viu-se detido, de improviso, por uns cães de gado, que com agressiva atitude, tratavam de lhe cortar o passo.
Nosso homem, indignado ante tamanha contrariedade, se deteve a fazer frente aos cães e começou a persegui-los a pedradas, fazendo pelo que se vê, demasiado caso aos seus latidos. Porém, o outro mais avançado corredor, em lugar de parar para afugentar os cães, deixou-os de parte, fazendo um grande rodeio, com o que pode chegar em primeiro lugar à meta desejada. Quando volvia triunfante, ainda teve tempo de ver seu contendor lutando a pedradas com os cães do caminho.
Em busca de um ideal qualquer, quem será o insensato para fazer caso dos latidos da inveja? Se os atende, estará perdido…
Não há necessidade de comentário. Esta fábula se comenta por si mesma.