Pegai numa ampulheta enormíssima, enchei-a
De séculos sem fim; séculos são areia,
O tempo é o areal.
Depois, para medir o infinito profundo,
Deus com a própria mão lança-lhe dentro um mundo,
Sonda descomunal.
Durante a eternidade infinita que amedronta,
Cairão da ampulheta os séculos sem conta
Nos abismos fatais,
Que esse mundo a tombar como um grande aerólito
Nunca, nunca achará o fundo do infinito,
Jamais, jamais, jamais!
O infinito, o infinito, o insondável arcano!
Um sonho realidade, uma visão cruel...
O tempo sobre o Espaço... o abismo sobre o oceano...
Mas oceano sem praia, o abismo sem cairel!...
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Publicado por Javier Alberto Prendes Morejón
Revista de Teosofía, Letras y Artes
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